sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Era da informação



Estamos vivendo hoje na era da informação que é caracterizada pelas profundas transformações ocorridas na tecnologia, que nos proporciona mais praticidade e agilidade no dia-a-dia. Os mecanismos de busca de informação evoluíram de forma surpreendente. Sistema de busca na internet como o Google tem elevado bastante o estado da arte das pesquisas bibliográficas, nos disponibilizando informações em qualquer hora, até mesmo em tempo real.

A sociedade da informação é uma realidade ocorrida no meios de comunicação, decorrente dos avanços tecnológicos aumentando consideravelmente o numero de novos mercados e consumidores desta era, mais conhecida como era digital, que conseguiu transformar o mundo em uma grande sociedade globalizada , com isso podemos ter um amplo acesso a informação e ao conhecimento.

"Segundo um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley (Lyman e Varian, 2000), há na web cerca de 550 bilhões de documentos (95% publicamente acessíveis), e a informação on-line está crescendo à taxa de 7,3 milhões de páginas da web por dia. A produção de e-mails por ano é quinhentas vezes maior que a de páginas da web. A produção de informação anual do mundo, sob diferentes formas, eleva-se a 1,5 bilhão de gigabytes, dos quais, em 1999, 93% foram produzidos em forma digital". Castells, Manuel(2001 Pág. 77.).

Devido a isso estamos em meio a uma explosão de informações, onde a busca pela mesma aumenta aceleradamente. No entanto por temos um amplo acesso a vários tipos de informação as vezes não vemos que estamos processando conteúdos incertos, pois por questão de comodismos não buscamos esses assuntos em outras fontes.A relação entre qualidade e quantidade de informação é, sem dúvida, um dos "calcanhares-de-aquiles" desta sociedade. Por isso o grande desafio está em transformar o imenso volume e o intenso fluxo de informações em conhecimento. A informação é um fator intrínseco a qualquer atividade, ela deve ser conhecida, processada, compreendida e utilizada pela consolidação de serviços, produtos e sistemas de informações.

A respeito do excesso de informação disponível na internet, Viera (1998), Dowbor (2000) e Demo (2000b) alertam-nos para o fato de as pessoas estarem absorvendo informações que, muitas vezes, têm credibilidade duvidosa. É importante destacar também a necessidade de se saber processar informação, mesmo porque ela, por si, não implica conhecimento, importa mais a capacidade reflexiva e crítica que o indivíduo é capaz de desenvolver ante o conteúdo que ela traz. Informação, sem uma mente que a analise, que a reflita, que a compreenda e que a use adequadamente, é inútil para o crescimento intelectivo do sujeito.

Referências
DEMO, P. Ambivalências da sociedade da informação. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 29, n. 2, p. 37-42, 2000.
DOWBOR, L. A educação frente às novas tecnologias do conhecimento. Artigos on-line, 2000.
VIERA, L.S. Uso da informática na criação de ambientes integrados de aprendizagem. In: CONGRESSO DA RIBIE - REDE IBEROAMERICANA DE INFORMÁTICA EDUCATIVA, 4., 1998, Brasília, DF.
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet. Pág. 77. 2001. Jorge Zahar Editor. Normal

Educação na sociedade da informação




A sociedade da informação tem modificado a relação do processo de ensino-aprendizagem. O método de ensino mudou completamente com os avanços tecnológicos, disponibilizando um maior acesso a novas fontes de informação. Com isso o conhecimento se tornou mutável necessitando cada vez mais de atualizações.

A imagem que era obtida antes, como o professor sendo a única fonte de informação e do saber, foi totalmente quebrada, tendo o professor como um desafiador do conhecimento, ou seja, aquele que mostra aos alunos os caminhos que poderão percorrer e as várias formas de aprendizagens.

Para o aluno a capacidade de reflexão é algo essencial para o conhecimento, pois com ela conseguimos interpretar, colacionar, avaliar e associar as informações.

O excesso de informação tem conseguido confundir cada individuo, pois em alguns casos não há tempo nem disposição para processar as informações obtidas. Com isso, devido aos inúmeros tipos de informações que acessamos, vem aumentado a dificuldade de aprendizagem de alguns alunos, pois por conta desse excesso de informação não há tempo de anexar o que adquirimos, fincando apenas o conhecimento superficial, ou seja, incompleto.

A internet é como um grande mostruário de informações, mas não de conhecimento. É necessário que se formos buscar alguma informação, que tenhamos um pouco de conhecimento sobre o assunto, pois do caso contrario poderemos estar adquirindo alguma informação incerta.

A maioria da população não tem a preocupação de ler o conteúdo completo de forma que mal começa a ler algo e já passa para outro. Com isso, a sociedade da informação nos propõem o desafio de saber selecionar entre milhões de informações disponíveis.

Contudo, é necessário que os alunos e os professores aprendam a lidar com esses avanços tecnológicos, de modo que esses meios sejam uma forma de aprimorar seus conhecimentos e não de acomodá-los.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Exclusão na sociedade da informação


A evolução dos meios tecnológicos trouxe inúmeros benefícios para nós, porém hoje ainda se encontra uma inúmera quantidade de pessoas que não tem acesso a esses meios, mostrando que estão longe de serem compartilhado por todos. Esse meio de exclusão social acontece, pois além de algumas pessoas não terem acesso, uma boa parte da população não sabe acessar esses meios tecnológicos o que hoje é chamado de analfabetismo digital.

Na atual era da globalização os avanços tecnológicos trouxeram a esperança de um mundo melhor, pois por termos acesso a informação e a comunicação em grande escala e em pouco tempo, considerávamos que poderíamos diminuir o número de desigualdades existentes. Porém podemos ver que a realidade é outra. Esses meios tecnológicos não são justamente distribuídos pela maioria da população, aumentando o nível de desigualdades, que podemos considerar como “exclusão digital”.

A exclusão digital é mais uma consequência das diferenças sociais que existe no mundo, aonde a maioria que tem acesso a esses meios são aquelas pessoas que tem uma boa condição financeira. Entende-se assim que um grupo de pessoas que não tem condições financeiras de acessar esses meios tecnológicos são excluídos desse mundo digital. Surge, com isso uma grande divisão que podemos chamar de divisão digital, que podemos considerar dois grupos: aqueles que tem acesso ao mundo digital e aqueles que não tem. Sendo melhor compreendido como os incluídos e os excluídos do mundo digital.

Com isso Rondelli propõe “quatro passos para a inclusão digital” Primeiramente: “uma maior oferta de computadores conectados em rede, mas somente isso não é o suficiente para se realizar a pretensa inclusão digital” (RONDELLI, 2003). O segundo passo é o de “criar oportunidades para que os aprendizados feitos a partir dos suportes ténicos digitais possam ser empregados no cotidiano da vida e do trabalho”, o terceiro passo: o entorno institucional. “É preciso muito investimento financeiro, pois essa tecnologia não é gratuita, mesmo que pública. E tal desenho institucional não se faz de modo aleatório”. Por fim, o quarto passo consiste em: “(...) Entender que a inclusão digital pressupõe outras formas de produção e circulação da informação e do saber diferentes destas mais tradicionais que nos acostumam a frequentar. Portanto, há também um elemento importante de inovação no uso das tecnologias”. (RONDELLI, 2003).

Contudo, para conseguirmos diminuir a exclusão social, é necessário que seja implados novos projetos disponibilizando um maior acesso aqueles que não tem uma boa condição financeira e que seja disponibilizado cursos de inclusão digital gratuito para aqueles que não sabem. Conseguindo assim diminuir as diferenças sociais existentes no mundo da informação digital.

Referências:

RONDELLI, E. Quatro passos para a inclusão digital, 2003.